Porém, ele confessou que a única coisa que não havia conseguido se libertar era a prostituição. Eles já namoravam por mais de dois anos e antes de entrarem para a igreja mantinham relações sexuais, encarando isso como algo totalmente normal.
Agora, depois de descobrirem na Bíblia que isso é contra a vontade de Deus, sentiram-se profundamente culpados, porém incapazes de deixarem aquela prática. O casal dizia que mesmo sabendo que isso não era da vontade de Deus, não conseguia resistir, continha-se por uma semana ou duas, mas eventualmente caía novamente em pecado. Quando se consumava o ato, eles se sentiam profundamente envergonhados até de orar e falar com Deus.Arrependiam-se e alguns dias depois o faziam de novo.
Essa situação estava provocando em ambos grande fraqueza espiritual e desespero. Não sabiam o que fazer, passavam por uma grande dificuldade financeira a qual lhes impedia de casar.
A sua pergunta ao pastor era o que deveriam fazer para vencerem aquela situação.
Conforme já dissemos, o período do namoro dos jovens cristãos é para que se conheçam um ao outro e possam determinar se aquela é a pessoa com quem deseja se casar ou não.
Então, quando o rapaz e a moça verificam que o relacionamento é de Deus e desejam ir em frente e casar-se, é preciso que tenham paciência para esperar até o casamento. Porque o ato sexual só é abençoado por Deus depois da aliança matrimonial. Sabemos que enquanto na teoria isso é muito simples e fácil de dizer; na prática, é difícil, mas não impossível.
Assim, como vencer essa situação? Como fazer a paciência e o domínio próprio prevalecerem sobre a vontade da carne? Há duas coisas que, se praticadas, certamente irão solucionar o problema:
Primeiro:
Nunca namorem em lugares fechados onde possam estar absolutamente sozinhos, não confiem na carne. Vocês podem se achar muito fortes e dizer para si mesmos que não vão deixar nada acontecer, mas quando o ¨calor¨ subir e vocês estiverem naquele lugar fechado, sozinhos, aí as suas forças irão desaparecer. Procurem sempre se encontrar em lugares abertos, como na igreja, um restaurante, um parque, em casa com os pais, etc.
Segundo:
Não adianta orar e pedir ao Espírito Santo que dê domínio próprio, que tire o desejo do pecado ou que perdoe, se no fundo vocês não querem mudar de atitude. Nós temos livre-arbítrio, a liberdade de escolher o que queremos. O Espírito Santo não impõe a Sua vontade sobre nós. Ele nos guia, orienta e aconselha.
¨Todo atleta em tudo se domina; aqueles, para alcançar uma coroa corruptível; nós, porém, a incorruptível. Assim corro também eu, não sem meta; assim luto, não como desferindo golpes no ar. Mas esmurro o meu corpo e o reduzo à escravidão, para que, tendo pregado a outros, não venha eu mesma a ser desqualificado¨.
(1 Coríntios 9.25-27)
Bp. Renato Cardozo