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segunda-feira, 14 de junho de 2010

Seu casamento pode durar - Parte II


O GARGALO DO DIVÓRCIO

Mas, apesar de tantos adeptos do casamento, nem tudo são flores. A vontade de ficar ao lado de quem se ama parece transpor todas as barreiras no início da união. No entanto, a realidade dos matrimônios no Brasil não tem sido tão florida assim. Desde que o divórcio foi instituído no país, há exatamente 30 anos, a prática da separação tem sido o principal recurso para “resolver” os problemas de relacionamento conjugal. No início, vêm os votos, o amor, a paixão, o sexo... Depois, as responsabilidades, incompatibilidades, a questão financeira e, por fim, a separação acaba minando o sonho branco de muitos casais.

O percentual de divórcios ainda é maior do que o número das uniões no país. O número de separações judiciais cresceu 1,4% no Brasil em 2006, em relação ao ano anterior. Já o número de divórcios aumentou 7,7% no mesmo período. Ou seja, as pessoas continuam se casando, mas o ideal de “até que a morte os separe” não é mais alcançado. Parafraseando o poeta Vinicius de Moraes, em seu famoso “Soneto da Fidelidade”, o que vale na sociedade atual é a intensidade, não a longevidade da relação.

A pesquisa ainda revelou que é crescente a proporção de casamentos entre indivíduos divorciados com cônjuges solteiros. O percentual de homens divorciados que casaram com mulheres solteiras passou de 4,2% do total de casamentos realizados no país em 1996, para 6,5% em 2006. Também houve aumento do percentual de casamentos entre cônjuges divorciados: de 0,9% em 1996 para 2,2% em 2006.

Mais uma vez, os dados mostram que o casamento continua sendo perseguido mesmo entre aqueles que já viveram uma decepção conjugal. “As pessoas estão descobrindo que é impossível ser feliz sozinho. Daí a procura por valores que sempre deram certo. Aquilo que era ultrapassado está se tornando moda outra vez”, explica o pastor Silmar Coelho, casado há 31 anos e pai de quatro filhos, doutor em Teologia e Liderança pela Universidade Oral Roberts, nos Estados Unidos.

Apesar dos esforços, é consenso que o grande desafio dos casamentos atuais não está na união em si, mas na longevidade das relações. O IBGE constatou que o tempo médio de vida conjugal dos casais no Brasil é de 12 anos, e a maioria se separa quando está na casa dos dois anos de relacionamento. “Infelizmente, está havendo uma banalização do casamento como instituição divina, e isso é prejudicial para a sociedade”, acredita o pastor e terapeuta familiar Josué Gonçalves, do Ministério Família e Graça. Ele acrescenta que o problema crucial do casamento nos tempos modernos está na falta de tempo com qualidade e no “amor sacrificial”.

Segundo Gonçalves, grande parte das pessoas se casa sem nenhum preparo para viver a vida como Deus planejou para ser vivida. “Hoje, a ênfase é naquilo que é descartável, inclusive quando se trata de relacionamento. Não há profundidade no compromisso entre as pessoas.

A maioria se casa sem ter a mínima noção do que significa uma ‘aliança’, ‘um pacto’. Pergunte para alguns casais de noivos por que eles estão se casando e não se assuste com as respostas. Pergunte para esses casais se eles sabem o que é uma ‘aliança’”, afirma.

AUTOCONHECIMENTO

No dia-a-dia dos matrimônios, o que se verifica é que as crises giram em torno de palavras-chave como dinheiro, comunicação, filhos, sexo, responsabilidades, embora não exista uma única fórmula que resolva todos esses problemas conjugais. Mas, antes mesmo de se casar, é preciso entender sobre si mesmo.

“A gente precisa entender qual é a raiz dos problemas. Muitas vezes, as pessoas estão casadas com o passado. Elas não se conhecem, não se entendem, não sabem qual expectativa têm com relação ao outro e cobram do outro algo que nem mesmo sabem o que é”, explica a terapeuta de casais Elizabeth Pimentel.

As questões de ordem financeira geram igualmente muitos contratempos no casamento, principalmente numa sociedade em que as mulheres também levam o sustento para casa. O dinheiro sempre foi a “causa” do sucesso ou do fracasso de muitos relacionamentos. No entanto, as dicas para enfrentar essa questão são bem razoáveis. O primeiro conselho segue a linha do bom senso. Josué Gonçalves aconselha: “É vital para o matrimônio que o homem e a mulher saibam ganhar e administrar o dinheiro. O equilíbrio financeiro contribui para o bem-estar do casal”.

Dependendo do caso, a divisão das rendas pode gerar contenda entre marido e mulher na distribuição dos pagamentos. Logo, a dica é que os dois façam um só caixa no fim do mês para pagar todas as despesas. “Não dá para dizer ‘meu dinheiro e sua dívida’, e, sim, ‘nosso dinheiro e nossa dívida’. O acordo tem de fazer parte de todas as decisões e aquisições do casal. Separar o dinheiro é o início da separação do casamento”, sentencia o pastor Sebastião Carvalho, treinador de líderes do Ministério Casados para Sempre, instituição que atua no aconselhamento para a família em 96 países há 25 anos.



RESPEITO ÀS OPINIÕES

A convivência a dois também pode encontrar travas pelo caminho. Nesses casos, o egocentrismo e a falta de diálogo são apontados como principais entraves na construção de uma boa relação. Muita gente se casa e continua com a cabeça da época de solteiro, quando tudo girava em torno dos seus interesses e, às vezes, a pessoa demora a se tornar um cônjuge. O conselho para quem vive esse impasse é aprender a dialogar com o outro e descobrir o que agrada o parceiro, “mesmo que isso signifique renunciar à sua própria vontade”, adverte Sebastião Carvalho.

Um exemplo claro desse problema aconteceu com Helenir Vieira, 48 anos, no início do seu casamento com David Reis, 54. Romântica confessa, ela esperava receber mais carinho, embora David nunca tivesse apresentado esse lado igualmente romântico. Resultado: instalou-se a primeira crise do casal. “Quando casei, imaginava um mar de rosas. Sei que cada pessoa tem natureza diferente. Mas, na época, não pensava assim. Sou melosa, gosto de ficar abraçando, e queria que ele fosse assim também. Mas o David sempre foi muito calado. Isso me causou muito impacto. Muitas vezes, me revoltava e achava que ele não gostava de mim”, conta Helenir.

Por outro lado, ele também tinha suas reclamações, principalmente quando se tratava de suas convicções, quase sempre ignoradas por ela. E David lembra: “No início, a vontade dela tinha de prevalecer o tempo todo. Ela acreditava que o seu ponto de vista era sempre o certo. Em contrapartida, minhas opiniões sempre estavam erradas. Quando ela percebeu que ambos podem pensar certo e errado, as coisas começaram a se desenvolver melhor”.

A harmonia na relação só foi possível por meio de muito diálogo e da mudança de atitude em relação às divergências e particularidades de cada um. Ambos, ao seu modo, foram abrindo mão de algumas características – e adquirindo outras – para tornar a convivência possível e agradável. Mesmo depois de 30 anos, o conflito de idéias existe, mas o respeito mútuo trouxe equilíbrio e afinidade para o casal. “Hoje em dia, vivemos mil vezes melhor do que no início do casamento. Ele, inclusive, se tornou mais carinhoso, do jeito que eu queria.”

Outro ponto nevrálgico da relação é, sem dúvida, a sexualidade. No bojo do casamento, uma série de responsabilidades e atividades pode sobrecarregar o casal. A correria diária, a chegada dos filhos ou o excesso de trabalho são alguns exemplos. No entanto, o importante é construir a sexualidade e não negligenciá-la. “O casal não pode abrir mão disso. Tem de conversar sobre o assunto. Não pode deixar que as situações tomem tanto espaço a ponto de esquecer o sexo. E deve ter tempo para namorar, para sair sozinho”, aconselha Elizabeth Pimentel.

Continua...

Fonte: Elnet



sábado, 15 de maio de 2010

Seu casamento pode durar - Parte I

O programador Diego, 22 anos, e a jornalista Fabiana Almeida, 28, se casaram há um. Desde que começaram a namorar, o trato entre os dois era estruturar a vida profissional até o dia do casamento. Com a questão financeira resolvida para os dois, não havia mais motivos para adiar o sonho branco: o casal consolidou os votos no altar, diante da família e convidados, e efetivaram o chamado casamento de papel passado.

O discurso parece retrógrado, mas Diego e Fabiana representam a realidade da maioria, e não o contrário. Estatísticas demonstram que o casamento ainda é a preferência dos brasileiros. Mesmo em tempos em que o sexo entre pessoas solteiras é cada vez comum, muita gente ainda faz questão da legalidade da união civil. Dados recentes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelaram que o número de casamentos realizados no Brasil prosseguiu em franca expansão em 2006.

A pesquisa contabilizou um total de 889.828 casamentos realizados no Brasil, número 6,5% maior do que o apurado no ano anterior. A constatação confirma uma tendência de crescimento nos índices de casamentos que vêm sendo registrados no país desde 2002.

O mais curioso é que 85,2% do total de casamentos realizados ocorreram entre solteiros. Destes, 30% estão na faixa etária de 20 a 24 anos, no sexo feminino, e 25 a 29 entre os homens. Traduzindo os números: os jovens continuam se lançando de cabeça nesse modelo de família.

Para Diego e Fabiana, o matrimônio não representa uma instituição falida, profetizada por muitos especialistas contemporâneos, mas, sim, a forma ideal de se constituir uma família. É a instituição que Deus crioudefine a jovem. E, antes de mais nada, não cremos que o casamento seja apenas uma assinatura de contrato de acordo com a lei dos homens. Mas uma união abençoada por Deus, que foi quem instituiu o casamento em Gênesis, acrescenta o rapaz.

Após trocarem as alianças, o casal terá outro desafio: multiplicar a família depois de alguns poucos anos de união. Somos loucos para sermos pais. Planejo esperar uns três anos para curtirmos um pouco mais a vida a dois, embora o Diego peça para diminuirmos esse prazo, revela Fabiana. Para Diego, o quadro de sua família está bem claro: Casados, felizes, com dois filhos e aproveitando todas as bênçãos que Deus reservou para a nossa família.


RETRATO DAS FAMÍLIAS BRASILEIRAS

EM ALTA
85,2% do total de casamentos realizados em 2006 foram entre solteiros
30% desses solteiros são jovens entre 20 a 29 anos
27% dos casais estão juntos há mais de dez anos e menos de vinte
O número de casamentos cresceu 6,5% em 2006, comparado ao ano anteriorLink

EM BAIXA
O número de separações judiciais cresceu 1,4% no Brasil em 2006 em relação ao ano anterior. O número de divórcios aumentou 7,7% no mesmo período
O porcentual de homens divorciados que casaram com mulheres solteiras passou de 4,2% do total de casamentos realizados no país em 1996, para 6,5% em 2006
O índice de casamentos entre cônjuges divorciados cresceu de 0,9% em 1996 para 2,2% em 2006.

Fonte: Revista Enfoque Gospel

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Como manter o filho na igreja II

A ordem de Deus é imutável, mas está cada vez mais difícil 'ensinar o Caminho'


PARTE II


DIÁLOGO É FUNDAMENTAL


A experiência de Gerson e Aline também mostrou que o diálogo franco e honesto, desde criança, estabelece um vínculo saudável entre pais e filhos. No entanto, muitos resistem à idéia da conversa aberta com medo de perder controle e autoridade. “Não gostamos de ser questionados por filhos e nem que eles apontem nossos erros. Mas eles precisam compartilhar conosco suas experiências, problemas, expectativas, anseios, medos, frustrações, decepções, segredos, alegrias, etc.”, explicou o pedagogo e escritor Marcos Tuler, chefe do Setor de Educação Cristã da Editora Casa Publicadora das Assembléias de Deus (CPAD).

Outro ponto relevante nessa caminhada de ensino aos filhos é a imposição – ou indiferença dos pais em relação ao pensamento dos filhos –, que pode causar um sentimento de distanciamento e descrédito. É preciso, antes de tudo, respeitar o que os filhos pensam.

Esse é o princípio do livre arbítrio. O pastor Josué Gonçalves, escritor especializado na área de família, mostra que o diálogo produtivo entre pais e filhos, no que se refere ao Evangelho, ocorre quando os pais respeitam o direito dos filhos de escolher. Ele afirmou que pais podem convencer o filho com a verdade, se esta verdade não for imposta.

Mas a etapa mais difícil de criar os filhos deságua na tão discutida adolescência. É nessa fase, ressaltou Marcos Tuler, que os filhos têm muitos conflitos emocionais, são inseguros e inconstantes. “E porestarem passando pelo período de maior abstração e reflexão dos conhecimentos recebidos, são facilmente influenciados pelas filosofias anticristãs.” É também o que confirma a experiência do pastor Edílson Lopes e sua esposa Regina Sartori, da Assembléia de Deus, em Arenápolis (MT), que são pais de três filhos: João Ricardo (18 anos), Keren (16) e Filipe (19). Todos atingiram a fase da adolescência quase simultaneamente. Segundo Lopes, conseguir mantêlos na igreja foi uma tarefa difícil, mesmo com sua vocação pastoral.

É também na fase da adolescência que o exemplo dos pais em relação à prática da fé cristã é colocado à prova. Para a jovem Keren Sartori, a conduta dos pais foi de fundamental importância para que ela continuasse nesse caminho quando se sentiu frágil. “Foi difícil passar pela cobrança da igreja, mas minha mãe e meu pai sempre conseguiram me mostrar o que é ser crente. É muito além de ir à igreja. E isso me ajuda a permanecer na fé e a querer me parecer com eles”, reconheceu. Ou seja, os atos precisam condizer com o discurso dentro de casa. “Se os pais estão convictos de sua fé, os filhos se sentem seguros e desejam acompanhá-los em suas escolhas e decisões.
Noemi Vieira

quarta-feira, 3 de março de 2010

Como manter o filho na igreja

" A ordem de Deus é imutável, mas está cada vez mais difícil 'ensinar o Caminho' ."
PARTE I

Desde os primórdios da humanidade, a família tem sido a base principal da sociedade. Os costumes, os comportamentos e até mesmo os cenários se modificam com o passar dos séculos. Mas o papel que a família exerce permanece essencial. É desse pequeno núcleo que vem a formação de caráter de uma pessoa e até mesmo de sua personalidade. E, nesse contexto, é preciso destacar a importância da educação religiosa dentro de muitas casas, especialmente, nos lares evangélicos.

O assunto adquire grande destaque. Até porque, biblicamente falando, existe uma responsabilidade dada aos pais sobre a continuidade dos valores cristãos dentro de casa, conforme o trecho em Provérbios: “Ensina a criança no caminho em que deve andar, e ainda quando for velho, não se desviará dele”. Neste tempo, a missão de educar um filho segundo os princípios cristãos e fazê-lo permanecer na fé depois de adulto continua valendo, embora essa tarefa seja cada dia mais complexa. Influências diversas dos meios de comunicação, das escolas, da internet, etc., podem provocar desvios de comportamento, gerando mudanças de interesse e de atitudes. Nesse sentido, é fundamental descobrir a resposta para uma questão: qual o método mais eficaz para criar os filhos dentro da igreja?


A INFÂNCIA

Não há uma regra única e infalível para responder à pergunta, mas psicólogos, educadores, pais e pastores concordam em, pelo menos, um ponto: tudo começa na infância. “Até os 7 anos, a criança está em formação da sua personalidade. A criança pequena é como uma esponja, pois absorve tudo o que lhe é ensinado. O que aprende nessa fase, vai levar para o resto da vida. Quanto mais cedo conviver com a idéia de Deus, certamente isso será apreendido de forma mais profunda”, explicou a psicóloga Elizabeth Pimentel, autora do livro “O poder da palavra dos pais” (Hagnos).

O casal Gerson e Aline Daminelli, membros da Igreja Batista e pais de Camila (18 anos), Priscila (16) e Isabela (7), é exemplo de como a educação religiosa durante a infância pode ser eficaz. Ambos são “frutos de lar cristão” e, assim como aprenderam com os pais, começaram a educar suas filhas no cristianismo desde cedo. “Num primeiro momento, a gente sempre as levava, incentivava e acompanhava à igreja. Quando elas emburravam, a gente obrigava, sempre mostrando a elas o prazer de ir à Casa do Senhor”, afirmou Aline.

É claro que esse processo não aconteceu automaticamente. Uma das estratégias para conseguir manter a família unida numa mesma fé foi, segundo o casal, a confiança estabelecida com as filhas. “Nossa relação com as meninas é de extrema confiança. E isso é coisa que se conquista. Você vai acompanhando, educando, participando, ouvindo e deixando com elas a tomada de decisão em relação às questões da vida.” Gerson também diz que a imposição não é usada, mas, sim, o aconselhamento.


Continua...

segunda-feira, 8 de junho de 2009

O lar do cristão: Como deve ser usado?

 Para colocar em prática os grandes princípios de Deus de amor familiar e devoção.

O papel da esposa: “As mulheres sejam submissas ao seu próprio marido, como ao Senhor; porque o marido é o cabeça da mulher, como também Cristo é o cabeça da igreja, sendo este mesmo o salvador do corpo. Como, porém, a igreja está sujeita a Cristo, assim também as mulheres sejam em tudo submissas ao seu marido” (Efésios 5:22-24). Apesar de existir um clamor barulhento, nos dias atuais, para a elevação da mulher para uma suposta igualdade na sociedade, nunca haverá melhora no relacionamento que Deus designou para as mulheres no lar. Quando ela alegremente aceita o seu lugar na família, ela sabe que é da sabedoria infinita de Deus.

O papel do marido: “Maridos, amai vossa mulher, como também Cristo amou a igreja e a si mesmo se entregou por ela” (Efésios 5:25). Quando uma esposa sabe que o seu marido está disposto a sacrificar a sua vida por ela, o seu sentimento não é de inferioridade, mas de gratidão pelo seu amor mútuo e devoção.

O papel dos filhos: “Filhos, obedecei a vossos pais no Senhor, pois isto é justo. Honra a teu pai e a tua mãe (que é o primeiro mandamento com promessa), para que te vá bem, e sejas de longa vida sobre a terra” (Efésios 6:1-3). O lar é o lugar em que é ensinado às crianças o respeito pela autoridade devida, não só no lar, mas em todos os aspectos da sociedade. Eles aprendem a honrar aqueles que Deus gostaria que respeitassem e honrassem. Esta é uma responsabilidade que Deus deu ao lar – não à escola, nem ao governo, nem principalmente à igreja.

Para fornecer um lugar para criar os filhos na disciplina e admoestação do Senhor.

“E vós, pais, não provoqueis vossos filhos à ira, mas criai-os na disciplina e na admoestação do Senhor” (Efésios 6:4). Pode ser um local para a leitura da Bíblia, oração, estudos diários. As crianças ficam fascinadas e profundamente impressionadas com as maravilhosas histórias bíblicas. Uma mãe tinha uma aula no seu lar para os seus filhos e os seus amigos da vizinhança. Como resultado destas aulas, muitos rapazes eventualmente se tornaram evangelistas.

ƒ Para fornecer um lugar para os mensageiros de Deus.

Algumas pessoas podem encarar hospedar um evangelista que está visitando como uma inconveniência. Na realidade, pode acabar sendo uma bênção. Eu conhecia um lar sempre aberto a fiéis evangelistas da palavra. Por um tempo, o casal fornecia um lugar no seu lar para o evangelista local solteiro que estava trabalhando com a sua congregação. Neste lar havia três crianças–dois meninos e uma menina. Todos os três chegaram a conhecer um número considerável de homens que haviam dedicados as suas vidas à pregação do evangelho de Cristo. A associação certamente foi proveitosa, pois os dois meninos se tornaram evangelistas, e a sua irmã permaneceu fiel pelos anos.

Quando o casal de Suném preparou um quarto para Eliseu, o profeta, foram maravilhosamente abençoados (2 Reis 4:8-37). Sempre havia um lugar para Jesus no lar de Maria, Marta e Lázaro. No seu relacionamento com um personagem tão nobre eles também foram maravilhosamente abençoados (Lucas 10:38-42, João 11:12). Paulo escreveu a Filemon para que lhe preparasse pousada (Filemon 22).

Para fornecer um lugar para a adoração.

Áqüila e Priscila moravam em Roma e em Éfeso. Em ambas as cidades eles forneceram um lugar de reunião para a igreja (Romanos 16:3-5; Atos 18:18-19; 1 Coríntios 16:19). Em regiões em que a distância entre as congregações é grande, fomos abençoados em nos reunir com cristãos fiéis que forneceram um lugar de adoração nos seus lares. Os cristãos, às vezes, alcançam os seus vizinhos ao convidá-los aos seus lares para um estudo periódico da Bíblia.

Para fornecer um lugar para reuniões sociais para cristãos e suas famílias.

A reunião de cristãos pode ser uma alegria enorme. Pode ser um tempo de associação prazerosa, de edificação mútua, um tempo quando tanto os velhos como os jovens podem estar juntos no mesmo ambiente. Os cristãos primitivos se reuniam no dia-a-dia – “partindo o pão de casa em casa...” (Atos 2:46). Tal união, sem dúvida, os deu a força para enfrentar as perseguições severas que logo lhes vieram (Atos 8:1-4).

Para acolher estranhos.

“Não negligencieis a hospitalidade, pois alguns, praticando-a, sem o saber acolheram anjos” (Hebreus 13:2). Ao entreterem estranhos, Abraão descobriu que mesmo na sua velhice ele e Sara, no processo natural do tempo se tornariam pais do seu filho prometido. A hospitalidade de Abraão também levou à salvação do seu sobrinho Ló da destruição de Sodoma (Gênesis 18;19).

Para ajudar os pobres.

“Disse também ao que o havia convidado: Quando deres um jantar ou uma ceia, não convides os teus amigos, nem teus irmãos, nem teus parentes, nem vizinhos ricos; para não suceder que eles, por sua vez, te convidem e sejas recompensado. Antes, ao dares um banquete, convida os pobres, os aleijados, os coxos e os cegos; e serás bem-aventurado, pelo fato de não terem eles com que recompensar-te; a tua recompensa, porém, tu a receberás na ressurreição dos justos” (Lucas 14:12-14). O destino eterno do cristão depende em parte do que ele faz para os menos afortunados nesta vida. O serviço que ele presta a eles será contabilizado como se ele prestasse aquele serviço a Cristo. Leve um tempo para ler lenta e cuidadosamente Mateus 25:34-46.

ˆ Não para apoiar falsos mestres.

Apesar do cristão estar sempre disposto a estender a sua hospitalidade, ele não pode, de forma alguma, contribuir à disseminação daquilo que é contrário à palavra de Deus. Apenas pela verdade podemos ser libertados do pecado (João 8:32). “Se alguém vem ter convosco e não traz esta doutrina, não o recebais em casa, nem lhe deis as boas-vindas. Porquanto aquele que lhe dá boas-vindas faz-se cúmplice das suas obras más” (2 João 1:10,11).

O lar do cristão, com as suas funções como Deus ordenou, é o lugar em que o caráter é moldado e o bem-estar da sociedade é assegurado. O lar, como Deus gostaria que fosse, ajuda a preparar uma entrada no lar eterno da alma.

Billy Norris

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Os deveres da esposa

Seja uma auxiliadora para seu marido (Gênesis 2:18). Esta é a finalidade pela qual você foi criada. Nunca se esqueça disso. Nenhum cônjuge deve servir a si mesmo de maneira egoísta, mas deve servir ao outro. Isto é principalmente verdadeiro para você como esposa. “Porque o homem não foi feito da mulher, e sim a mulher, do homem. Porque também o homem não foi criado por causa da mulher, e sim a mulher, por causa do homem” (1 Coríntios 11:8-9).

Seja submissa ao seu marido em tudo, assim como a igreja é submissa a Cristo (Efésios 5:22-24; Colossenses 3:18; 1 Pedro 3:1-6). Nós não precisamos procurar saber se isso ainda é apropriado ou se está ultrapassado. Os movimentos de libertação feminina podem levantar-se e cair, mas a Bíblia ainda diz: “Mulheres, sede vós, igualmente, submissas a vosso próprio marido” (1 Pedro 3:1).

Seja uma boa dona de casa (Tito 2:4-5; 1 Timóteo 5:14). O mundo nunca voltará a Deus até que, de algum modo, colocarmos as donas de casas de volta nos lares em vez de se dedicarem às carreiras. A mão que balança o berço governa o mundo.

Tenha um espírito manso e tranqüilo (1 Pedro 3:4). Talvez há mulheres hoje que gostariam mais que pensassem nelas como “pessoas” e não “mulheres”. Ao protestar e queixar-se são barulhentas, tumultuosas e conseqüentemente disonrosas. É honorável ser uma mulher (1 Pedro 3:7), e ter "um espírito manso e tranqüilo, que é de grande valor diante de Deus" (1 Pedro 3:4).

Conceda ao seu marido o afeto que lhe é devido (1 Coríntios 7:3). Em uma base igual, ambos os partidos são obrigados, entre outras coisas, a satisfazer os desejos sexuais do outro.

Não prive seu marido de seu corpo, porque pertence a ele (1 Coríntios 7:4-5). Não cumprir suas obrigações conjugais com seu marido é roubar o que lhe é devido.

“O que acha uma esposa acha o bem e alcançou a benevolência do Senhor(Provérbios 18:22)

Abuso de 1 Coríntios 7:3-5

Abusando daquilo que Paulo disse. Há duas maneiras que alguns abusam daquilo que Paulo disse: ➊ não obedecendo o mandamento, ➋ distorcendo o que ele disse para justificar o sexo forçado. O primeiro é desobediência total. O segundo é repugnante e desatencioso. Ambos são pecaminosos! Para refrescar sua memória, aqui estão os deveres que eu mencionei com esta passagem:

● Conceda ao seu marido o afeto que lhe é devido (1 Coríntios 7:3). Em uma base igual, ambos os partidos são obrigados, entre outras coisas, a satisfazer as necessidades e os desejos sexuais do outro.

● Não prive seu marido de seu corpo, porque pertence a ele (1 Coríntios 7:4-5). Não cumprir suas obrigações conjugais com seu marido é roubar o que lhe é devido.

Definindo o que Paulo disse. Meus comentários eram apenas para definir literalmente o que Paulo disse. Vamos examinar a frase, "conceda ... o que lhe é devido”. Qualquer dicionário mostrará que "conceder" significa "dispor para que (alguém) faça uso de (um direito seu)”. Isso implica que a outra pessoa tem direito de “usar” aquilo, assim tornando “obrigado” que o outro permita. Também, na frase, "não priveis um ao outro", "privar" significa "Impedir(-se) de ter a posse ou gozo de alguma coisa ou de algum bem, abster-se de”. Ou seja, não “pagar” é "roubar" o que é "devido" o outro cônjuge.

Não Seja Egoísta! Paulo está incentivando a consideração sem egoísmo para o outro cônjuge. Deve haver um consentimento de ambos os cônjuges, sobre ter ou não relações sexuais. Se não houver sexo, deve haver consentimento (versículo 5). Do mesmo modo, se o sexo ocorrer, deve haver consentimento. Nenhum cônjuge deve reter o sexo do outro de maneira egoísta. Por outro lado, cada cônjuge precisa levar em consideração o outro e não abusar dessa passagem para própria satisfação egoísta. O ponto: "Não seja egoísta, de nenhuma das duas maneiras!

Andrew Mitchell

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Os deveres do marido

“Deixará o homem pai e mãe e se unirá a sua mulher” (Mateus 19:5). “Deixar” é “deixar para trás” e "partir" da ligação de seus pais. “Unir” é “grudar como cola”.

Seja o cabeça como Cristo é o cabeça da igreja e o salvador do corpo (Efésios 5:23, 1 Coríntios 11:3). Como o “cabeça”, Cristo é aquele que tem autoridade, aquele que conduz e sustenta, aquele cuja palavra é suprema. Como o “salvador”, ele é o protetor e o fornecedor, o grande sacrifício e o mediador em nosso interesse.

Cuide daqueles de sua casa (1 Timóteo 5:8). O homem que não cuida dos seus não é um homem de verdade.

Ame sua esposa como Cristo amou a igreja e se deu por ela (Efésios 5:25). Jesus é o maior exemplo devido ao seu amor sacrificial. Sua esposa terá prazer em submeter-se a um homem que a ame desse modo.

Viva com sua esposa em uma maneira compreensiva, dando lhe a honra como a parte mais frágil (1 Pedro 3:7). Se você queix-se que não compreende sua esposa, é melhor você aprender a entendê-la, porque Deus ordena que compreenda! Ela merece honra.

Não trate a sua esposa com amargura (Colossenses 3:19). Como no ponto anterior, isso envolve o tratamento justo que sua esposa merece.

Conceda a sua esposa o afeto que lhe é devido (1 Coríntios 7:3). Você é obrigado, entre outras coisas, a satisfazer suas necessidades e seus desejos sexuais. Muitos casamentos poderiam ter continuados se isso fosse praticado.

Não prive sua esposa de seu corpo, porque pertence-lhe (1 Coríntios 7:4-5). Não cumprir suas obrigações conjugais com sua esposa é roubar o que lhe é devido.

Não provoque seus filhos à ira, mas criai-os na disciplina e na admoestação do Senhor (Efésios 6:4). Seja justo e honesto. E não deixe toda a disciplina para sua esposa, porque a responsabilidade é sua.

Andrew Mitchell

segunda-feira, 27 de abril de 2009

Ele precisava de um pai fiel

Após a morte de Salomão em 930 a.C., o reino foi dividido. As tribos do norte rebelaram-se contra a casa de Davi e estabeleceram um nova nação que continuou a ser chamado de Israel. O reino do sul continuou a reconhecer a autoridade da casa de Davi; foi chamado de Judá.

Tudo aconteceu durante o reinado de Roboão, o filho de Salomão. A divisão da nação em duas nações menores deixou ambas mais fracas. Muitas vezes referimo-nos a decisão ruim de Roboão – seguir o conselho de seus amigos jovens, ao invés de ouvir os conselheiros mais sábios do seu pai – como o motivo da divisão da nação. E é verdade que Roboão é responsável pela sua decisão e pelas suas conseqüências, mas não foi aí que a divisão começou. Os problemas, porém, começaram durante o reinado de seu pai, Salomão.

A divisão do reino fora profetizada

Deus havia falado a Salomão e lhe falou das conseqüências que resultariam se ele se tornasse um rei infiel. O Senhor disse: “Quanto a ti, se andares diante de mim, como andou Davi, teu pai, e fizeres segundo tudo o que te ordenei, e guardares os meus estatutos e os meus juízos, também confirmarei o trono do teu reino, segundo a aliança que fiz com Davi, teu pai, dizendo: Não te faltará sucessor que domine em Israel. Porém, se vós vos desviardes, e deixardes os meus estatutos e os meus mandamentos, que vos prescrevi, e fordes, e servirdes a outros deuses, e os adorardes, então, vos arrancarei da minha terra que vos dei, e esta casa, que santifiquei ao meu nome, lançarei longe da minha presença, e a tornarei em provérbio e motejo entre todos os povos” (2 Crônicas 7:17-20).

Também, o profeta Aías havia profetizado a Jeroboão: “Toma dez pedaços, porque assim diz o SENHOR, Deus de Israel: Eis que rasgarei o reino da mão de Salomão, e a ti darei dez tribos. Porém ele terá uma tribo, por amor de Davi, meu servo, e por amor de Jerusalém, a cidade que escolhi de todas as tribos de Israel. Porque Salomão me deixou e se encurvou a Astarote, deusa dos sidônios, a Quemos, deus de Moabe, e a Milcom, deus dos filhos de Amom; e não andou nos meus caminhos para fazer o que é reto perante mim, a saber, os meus estatutos e os meus juízos, como fez Davi, seu pai. Porém não tomarei da sua mão o reino todo; pelo contrário, fá-lo-ei príncipe todos os dias da sua vida, por amor de Davi, meu servo, a quem elegi, porque guardou os meus mandamentos e os meus estatutos. Mas da mão de seu filho tomarei o reino, a saber, as dez tribos, e tas darei a ti” (1 Reis 11:31-35).

A causa principal da divisão era a apostasia de Salomão

Dois reinos independentes foram formados. Jeroboão era rei sobre Israel (10 tribos) no norte (1 Reis 12:20) e Roboão era o rei sobre Judá e Benjamim no sul (1 Reis 12:21).

Enquanto nós entendemos que Roboão não era simplesmente um espectador inocente, vemos que seu reinado está adversamente afetado pelas falhas espirituais do seu pai. Isso não fez Roboão não ser responsável pelas suas próprias decisões, pois ele era (1 Reis 11:9-13). Mas as ações e atitudes do seu pai prejudicaram Roboão.

Salomão era um homem muito sábio. Ele era um bom governador e a nação prosperou sob sua liderança. Mas, no meio de seu reinado, ele começou a comprometer sua fé e suas convicções. Seus muitos casamentos políticos realizados para firmar alianças com outras nações trouxeram grande influência das suas esposas pagãs, e elas o influenciaram a participar da idolatria. Foi nesta falha que as sementes da divisão começaram a ser semeadas.

Os pais afetarão o futuro dos seus filhos, e Roboão, apesar de ser responsável pelos seus próprios erros, precisava de pais fiéis para se espelhar. Roboão não teve isso no seu pai Salomão. Eu não sei como deixar a mensagem mais simples do que isso.

Afetaremos nossos filhos de maneira tão ruim quanto Salomão afetou os dele?

Duvido que Salomão planejava ter um efeito tão prejudicial no seu filho. Suas falhas espirituais e morais enganaram-no. Isso acontece quando a atenção correta não é dada ao Senhor e à sua vontade nas nossas vidas. Salomão deu a estes assuntos o seu lugar correto numa época, mas em algum ponto do caminho ele se desviou (1 Reis 11:9-13).

Por que Roboão ouviu o conselho insensato dos seus amigos para aumentar o peso dos impostos do povo (1 Reis 12:9-11) em vez do conselho sábio dos conselheiros de seu pai e reduzir o peso dos impostos (1 Reis 12:6-8). Era orgulho? Era falta de respeito ao seu pai, talvez devido às próprias falhas espirituais do seu pai? Seja o que fosse, o resultado final foi o mesmo. Desastre nacional e guerra civil.

Então isso foi naquela época e agora é agora. Nós preenchemos os papéis de pais e filhos. Agora nós estamos vivendo nossas vidas perante Deus. São os nossos filhos que estão sendo influenciados por nós. Eles estão vendo em nós exemplos de fé forte e compromisso ou fraqueza e fracasso espiritual. A Bíblia diz: “Ele estabeleceu um testemunho em Jacó, e instituiu uma lei em Israel, e ordenou a nossos pais que os transmitissem a seus filhos, a fim de que a nova geração os conhecesse, filhos que ainda hão de nascer se levantassem e por sua vez os referissem aos seus descendentes; para que pusessem em Deus a sua confiança e não se esquecessem dos feitos de Deus, mas lhe observassem os mandamentos” (Salmo 78:5-7).

No Novo Testamento lemos: “E vós, pais, não provoqueis vossos filhos à ira, mas criai-os na disciplina e na admoestação do Senhor” (Efésios 6:4). Também lemos do bom efeito de pais (e avôs) piedosos podem ter nos seus filhos. Paulo escreveu a Timóteo: “Tu, porém, permanece naquilo que aprendeste e de que foste inteirado, sabendo de quem o aprendeste e que, desde a infância, sabes as sagradas letras, que podem tornar-te sábio para a salvação pela fé em Cristo Jesus” (2 Timóteo 3:14-15, cf. 2 Timóteo 1:5).

Pais! Viveremos para o Senhor como os exemplos de fé que devemos ser diante dos nossos filhos e de todos, ou teremos que esconder na negligência as coisas maravilhosas que a graça de Deus nos forneceu? “Não o encobriremos a seus filhos; contaremos à vindoura geração os louvores do SENHOR, e o seu poder, e as maravilhas que fez” (Salmo 78:4). Vamos preparar nossos corações e seremos fiéis ao nosso Deus! “E que não fossem, como seus pais, geração obstinada e rebelde, geração de coração inconstante, e cujo espírito não foi fiel a Deus” (Salmo 78:8). Não é preciso ser um “Salomão” para ver claramente o que nossa escolha deve ser.

Jon Quinn

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Provocando os filhos

Efésios 6:4 diz: “E vós, pais, não provoqueis vossos filhos à ira, mas criai-os na disciplina e na admoestação do Senhor.” Considere algumas maneiras que os pais podem provocar seus filhos à ira:

Críticos severos. Ridicularização e comparações negativas não devem ser permitidas para ninguém. O espírito de uma criança pode ser quebrado por uma crítica injusta.

Resmungar constantemente. Isso cansa a pessoa. Logo as crianças aprenderão a não dar ouvidos a resmungos e se tornarão amargos de coração.

Castigo que está fora da proporção do erro cometido. Isso acontece muitas vezes quando o pai está bravo. Há uma linha entre castigo e abuso. Esta linha pode ser atravessada quando a ira é nosso motivo. Castigo é uma forma de aprendizagem. A estima ou o espírito de uma criança não devem ser destruídos pelo castigo que ela recebe.

Ignorar perguntas sinceras. As crianças gostam de fazer perguntas. Algumas perguntas são bem bobas e simples. Outras sondam o significado profundo da vida. Uma pergunta honesta merece uma resposta honesta. A resposta: “Vai perguntar para sua mãe”, não é resposta alguma. Guarde o jornal, desligue a TV e responda a pergunta do seu filho.

Quebrar promessas. As crianças lembram o que você fala. Quando um pai promete fazer alguma coisa, mas quebra aquela promessa, uma criança é ferida. Às vezes, as circunstâncias obrigam os pais a adiarem aquilo que prometeram, mas constantemente fazer promessas que você não tem nenhuma intenção de cumprir destrói a credibilidade dos pais e leva a criança a não confiar nos pais. É difícil fazer a criança ser honesta, quando os pais não são honestos em guardar suas promessas.

Não permitir que a criança manifeste sua opinião. Há uma diferença entre deixar a criança fazer do seu jeito e deixar a criança dar uma opinião. Recusar a ouvir a criança ou a permitir que ela manifeste sua opinião provoca a ira.

Falta de disciplina. Foram realizadas muitas pesquisas sobre adolescentes e o que eles querem dos seus pais. Por incrível que pareça, cada pesquisa revela que os adolescentes querem regras e estrutura. A falta de disciplina é uma das maiores formas de negligência. Todos são responsáveis. Uma falta de disciplina manda uma mensagem que deixa os filhos frustrados e os provoca.

Roger Shouse

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Há um inocente?

O casamento é uma parceria. A intimidade desta parceria é ilustrada pela expressão usada nas Escrituras para descrevê-la – “uma carne” (veja Gênesis 2:24 – e as referências Mateus 19:5 e Efésios 5:31). Como a maioria das parcerias, seu sucesso é dependente de ambos os parceiros cumprirem suas responsabilidades.

Deus deu tanto ao marido quanto à esposa responsabilidades gerais que resultam em obrigações específicos. Os maridos devem amar suas esposas e viver com elas com compreensão, honrando-as como a parceira submissa no relacionamento (Efésios 5:25; 1 Pedro 3:7). As esposas devem se submeter aos seus maridos e cumprir os deveres domésticos que estão relacionados com a manutenção do lar e dos filhos (Efésios 5:22; 1 Timóteo 5:14; Tito 2:4-5).


As obrigações dadas a cada parceiro do casamento não são condicionadas pelo cumprimento das responsabilidades do outro parceiro. Na verdade, exatamente o oposto é afirmado e pressuposto nas Escrituras. Pedro mandou que as esposas se submetessem ao marido até mesmo em relacionamentos nos quais o marido talvez não ame sua esposa como deveria (1 Pedro 3:1-6). O amor que é ordenado ao marido manifestar para com sua esposa é um que não depende do caráter dela nem de sua obediência aos mandamentos de Deus, como demonstrado pelo significado da palavra escolhida por Paulo para descrever aquele amor (agape; Efésios 5:25).


Apesar do sucesso do casamento depender dos dois parceiros cumprirem suas responsabilidades, um casamento pode fracassar como resultado de só um dos parceiros se recusar a obedecer o padrão divino para o relacionamento. Não é incomum para casamentos fracassados serem o resultado de erros por parte dos dois cônjuges. É um erro, no entanto, presumir que, no acontecimento de um casamento fracassado, ambos necessariamente têm culpa pelo fracasso.


Jesus ensinou que o divórcio era permitido por Deus por apenas um motivo, a imoralidade sexual. “Eu, porém, vos digo: quem repudiar sua mulher, não sendo por causa de relações sexuais ilícitas, e casar com outra comete adultério [e o que casar com a repudiada comete adultério]” (Mateus 19:9). O versículo proibi o novo casamento de modo geral, mas o efeito da cláusula “não sendo por causa de relações sexuais ilícitas” é para ensinar que há um caso no qual um “inocente” pode divorciar um cônjuge culpado de imoralidade sexual e casar de novo sem pecar.


O ensinamento de Jesus a respeito do divórcio sugere que é possível para um casamento falhar (imoralidade sexual sendo cometido e um divórcio acontece) e um cônjuge (aquele que não é culpado de imoralidade sexual) não ser responsável pelo fracasso. Jesus ensinou a responsabilidade pessoal em contribuir para os pecados dos outros em outras passagens (p. ex., Mateus 18:6-7), mas claramente o cônjuge que pode casar novamente sem pecado não é o responsável pela imoralidade sexual cometida pelo “culpado.”


Alguém uma vez disse que pares perfeitos só existem em meias e luvas. Apesar disso, o ensinamento de Jesus sobre o divórcio e novo casamento sugere que é errado presumir que em todos os casos um cônjuge é responsável pelo fracasso do outro.


Allen Dvorak

segunda-feira, 6 de abril de 2009

Lições para pais jovens

As aplicações dos princípios da verdade em situações diferentes são testemunho à sabedoria de Deus. Por exemplo, todos nós conhecemos o mandamento “amarás o teu próximo como a ti mesmo”. Agora isso se aplica numa variedade de circunstâncias. Aplica-se ao seu próximo que é o vizinho do lado e aplica-se ao seu próximo que mora do outro lado do oceano ou da fronteira. Aplica-se aos seus próximos que gostam de vocês e aos que não gostam. Aplica-se àqueles que nem mesmo merecem sua atenção.

Os Provérbios de Salomão são princípios gerais, como este, e podem ser aplicados em várias situações diferentes com importância igual. Quero pegar alguns provérbios do capítulo 4 (versículos 23-27) e aplicá-los aos pais jovens. Com certeza, esse ensinamento aplica-se à educação dos filhos.

“Sobre tudo o que se deve guardar, guarda o coração, porque dele procedem as fontes da vida.” Ironicamente, educar filhos começa com seu próprio coração estar correto. Familiarizar seu coração com os princípios altos da justiça e da santidade não é apenas um bom lugar para começar, é o único lugar para começar. O que procede das fontes da vida – o que acontece com a sua família – tem mais chances de ter bons resultados se for baseado nas verdades reveladas na palavra de Deus. Isso significa que pais jovens têm que ser diligentes em continuar nas regras da justiça. Afinal, você não pode ensinar o que você mesmo não conhece.

“Desvia de ti a falsidade da boca e afasta de ti a perversidade dos lábios.” É assustador quanta influência nós temos sobre nossas famílias através do falar. Na verdade, é o instrumento básico da comunicação. A língua é o professor. Se os pais aprenderem bons hábitos de fala, não apenas ensinamos boas informações, também ilustramos. As vidas de muitas crianças têm sido afetadas adversamente pela falta de controle de um pai sobre a sua língua. E muitos filhos bons saíram de uma família onde a boa fala foi praticada. A NTLH traduz este versículo bem: “Nunca fale mentiras, nem diga palavras perversas”. Tenham certeza, pais, a fala dos seus filhos será muito parecida com a sua. É assim que você quer?

“Os teus olhos olhem direito, e as tuas pálpebras, diretamente diante de ti.” Satchel Paige, um grande jogador de beisebol da Liga Negra e do Hall da Fama disse bem. “Nunca olhe para trás,” ele disse, “algo pode estar se aproximando”. Os planos de muitas famílias falharam porque os pais estavam olhando para trás. Uma família sem visão é como uma nação sem visão – provavelmente irá perecer. Um olhar fixo para frente provavelmente produzirá bons resultados. Olhos que olham para frente estão focalizados, verão para onde a família está indo, estarão cientes do que vêm pela frente – buracos, desvios, curvas. Estão concentrados em chegar lá, também. Boa liderança espiritual vem de bons pais com as mentes voltadas às coisas espirituais que têm seus olhos fixos em coisas melhores.

“Pondera a vereda de teus pés, e todos os teus caminhos sejam retos.” “Ponderar” é meditar. Isso significa que o bom pai irá pensar sobre onde ele está levando sua família. O pai sábio usa um tempo para pensar na sua família: as coisas que vêem, as coisas que ouvem, as coisas nas quais é permitido que participem, até em quem são seus amigos. E pais sábios conversam um com o outro. Muito. Eles usam um tempo para discutir perigos potenciais, para investigar certas tendências na conduta dos seus filhos, para planejar correções e para encorajar conforme cada coisa é precisa. Meditação leva tempo, mas o pai sábio irá tomar um tempo para isso.

“Não declines nem para a direita nem para a esquerda; retira o teu pé do mal.” Este provérbio fala do assunto de convicção, compromisso e constância. Diz que a verdade tem que continuar para frente, que a energia pela justiça e o entusiasmo pela santidade não devem diminuir. Não desvia para algum caminho inferior, deixando aquele que você saber ser o certo – esta é a mensagem aqui. Uma versão diz “não se desvie nem um só passo do caminho certo.” Isso significa que o caminho reto é o caminho certo e, uma vez que você está nele, deve ficar nele. Você tem que ensinar para sua família a correr do mal, a abominá-lo, a vê-lo como um perigo potencial. Você deve ensinar aos seus filhos a não paquerarem com o mal, a não brincarem com fogo, a não confraternizarem com o mundo. E você não deve apenas ensiná-los, você deve ilustrar isso, se mantendo fora do caminho do mal.

Uma vez eu disse que se soubesse o quanto era difícil educar filhos talvez não teria tido filhos. Isso não é verdade, mas é difícil, eu sei. Mas faça bem e torna-se o esforço singular que mais satisfaz que a vida tem a oferecer. Faça bem e trará uma recompensa bem melhor do que possa imaginar. Faça bem e um dia um netinho, com os olhos cheios de amor e respeito, esticará os braços e dirá, “Eu te amo, Vovô!”

Dee Bowman

segunda-feira, 30 de março de 2009

Um foco familiar

No princípio, quando Deus fez o homem, Adão estava sozinho. Diferentes de todos os animais que tinham companheiros, o homem estava sem uma companheira idônea. Foi o Criador que disse, “Não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma auxiliadora que lhe seja idônea” (Gênesis 2:18). Esta declaração afirma o fato de que o homem, sendo um criatura social, precisa de uma companheira – ele precisa de relacionamentos. E, por este motivo, Deus criou a família. Ele criou a mulher para que o homem e sua esposa, no casamento, pudessem ser uma família – uma família que podia se expandir e crescer com o acréscimo de filhos.

Agora quero que observe que Deus não criou um “amiguinho” para o homem “passar o tempo” com ele; ele não colocou Adão com um grupo de amigos que na verdade não tinham nenhum parentesco com ele. Deus colocou o homem num relacionamento mais íntimo – um com uma mulher que podia ser osso dos seus ossos e carne da sua carne (Gênesis 2:23)! Ele colocou o homem num relacionamento familiar! Isso deixa claro que, na visão de Deus, a unidade mais fundamental de todos os relacionamentos humanos é a “família”. A família é crucial para a saúde e para o bem estar! O fato é que as pessoas que, infelizmente, não têm família estão perdendo algo de importância vital.

Isso pode facilmente ser um dos motivos que Deus organizou a igreja para ser como uma família – não só porque é um ótimo padrão para relacionamentos espirituais – mas também porque a igreja pode suprir a necessidade de ter uma família para aqueles cristãos que infelizmente não têm mais uma família.

O que estou tentando nos fazer enxergar é a prioridade da família! A família deve ser prioridade máxima sobre todos os relacionamentos humanos! Não, nossa família não vem antes de Deus! Mas nossa família vem antes de todos os outros relacionamentos humanos! A família é mais importante do que nosso relacionamento com os vizinhos, ou com nosso patrão ou até mesmo com amigos! A família, depois de Deus, tem que ter a prioridade máxima, e os cristãos que reconhecem isso terão foco familiar.

Infelizmente vivemos numa sociedade agitada cuja tendência é nos mandar em direções diferentes uns dos outros – longe da família. Cada indivíduo dentro das nossas famílias geralmente tem suas próprias atividades independentes que o levem para longe de casa. Freqüentemente, em vez de tentar achar coisas que nos unem como uma família, achamos coisas que nos separam. Fazemos viagens separados e gostamos de tipos diferentes de lazer. Cônjuges (principalmente os maridos) querem ficar longe de casa, e os filhos apenas querem passar tempo com os amigos. A maioria das famílias passam mais tempo separada do que junta. Nós nem queremos sentar juntos no culto.

Agora, acho tudo isso, até certo ponto, pode não ter problema; mas quando se torna a regra, e não a exceção, tem que haver um problema. Os pais, por exemplo, têm uma responsabilidade grande de criar os filhos “na disciplina e na admoestação do Senhor” (Efésios 6:4). Mas como isso pode ser feito quando nossos filhos sempre estão longe de nós, sendo influenciados por outros – freqüentemente pelo mundo? E deixe eu te falar, se seus filhos sente-se mais confortáveis estando longe de casa – se preferem passar tempo longe da família do que com a família – então alguma coisa está errada! E isso tem que mudar! Precisamos descobrir o que está tão errado e corrigir essas falhas, para que possamos ter o tipo de família que Deus quer que tenhamos.

Se vamos construir famílias melhores, precisamos desenvolver um foco familiar mais forte! Precisamos ver a prioridade da família, nos focalizar em ser uma família e começar a viver como uma família. E se apenas fizermos isso, então, talvez começaremos a ter lares melhores. O que você acha?

Rick Liggin

segunda-feira, 23 de março de 2009

Honra na Família

Há princípios críticos para o sucesso na família. Considere alguns:

O plano de Deus é sempre melhor. Como criador da família, Deus tem a autoridade e sabedoria para fazer leis e dar liderança para os melhores relacionamentos possíveis.

Esforçando-se para o ideal. Devemos esforçar-nos para deixar as nossas famílias o mais próximo possível do ideal, em vez de procurar brechas ou exceções como desculpas para nossas preferências ou falhas

Eu sou responsável por mim. O plano de Deus é baseado em cada indivíduo fazer o melhor. Cada um deve cumprir com suas responsabilidades pessoais independente daquilo que cônjuges/filhos/pais/sociedade... fazem.

Olhar para os outros. A chave para relacionamentos bem-sucedidos e satisfatórios é considerar que os outros são mais importantes do que nós mesmos. Ter a segurança pessoal capaz de sacrificar pelos outros é a única base certa para uma família ideal..

Com Deus, todas as coisas são possíveis. Pela deterioração da família na sociedade pareceria que é impossível ter uma família devota. Mas o cristão acredita em Deus, não em si mesmo. Confiar em Deus e seguir seus planos é o único caminho ao sucesso verdadeiro.

Quando esses princípios são negligenciados, famílias falham

Quando uma família cresce e prospera não é por acaso. Da mesma forma quando famílias falham não é por acaso. Muitas vezes é porque algum princípio na palavra de Deus tem sido negligenciado.

Um princípio crítico para o crescimento espiritual de uma família, no entanto freqüentemente negligenciado é o da honra. Os apóstolos ensinaram que os cristãos deviam honrar uns aos outros. “Igualmente vós, maridos, coabitai com ela com entendimento, dando honra à mulher, como vaso mais fraco; como sendo vós os seus co-herdeiros da graça da vida...” (1 Pedro 3:7 RC). “Filhos, obedecei a vossos pais no Senhor, pois isto é justo. Honra a teu pai e a tua mãe (que é o primeiro mandamento com promessa), para que te vá bem, e sejas de longa vida sobre a terra” (Efésios 6:1-3). “Amai-vos cordialmente uns aos outros com amor fraternal, preferindo-vos em honra uns aos outros” (Romanos 12:10).

A definição de honra

No Velho Testamento, a palavra honra literalmente significava “pesado”. No Novo Testamento, honra significava “um apreço”. O apóstolo Pedro disse que o sangue do Filho de Deus era pesado, extremamente precioso e muito mais valorizado do que “coisas corruptíveis, como prata ou ouro” (1 Pedro 1:18). Honrar a Deus é colocar um valor maior nele do que em qualquer coisa na terra ou no céu.

Da mesma forma, quando “honramos” uma pessoa falamos que ela é extremamente valiosa aos nossos olhos. Dizemos que quem ela é e o que ela diz tem um peso grande. O apóstolo Paulo disse, “e os que nos parecem menos dignos no corpo, a estes damos muito maior honra” (1 Coríntios 12:23). Paulo disse aos filipenses sobre Epafrodito, “Recebei-o, pois, no Senhor, com toda a alegria, e honrai sempre a homens como esse” (Filipenses 2:29).

A definição de desonra

O oposto aplica-se à desonra. Podemos, pelo o que falamos e a maneira que tratamos uma pessoa, comunicar a ela que ela é de pouco valor para nós; que as suas palavras e seus esforços tem “pouco peso” no nosso modo de ver.

A palavra desonra nos dias de Jesus significava “neblina” ou “vapor” que sobe de uma panela de água fervente. Era a coisa mais insignficante para os gregos.

Uma grande ilustração de desonra está em Mateus 27:9-10. “…Tomaram as trinta moedas de prata, preço em que foi estimado aquele a quem alguns dos filhos de Israel avaliaram; e as deram pelo campo do oleiro, assim como me ordenou o Senhor” (a palavra preço era a mesma palavra grega que honra.) Em outras palavras, eles colocaram o valor do precioso Filho de Deus em trinta moedas de prata. A desonra está no preço. Seu valor para Judas era apenas um pouco mais do que o vapor que sobe de uma panela de água. Ele não tinha valor para Judas.

Ilustrações de desonra na família

A gora vamos fazer algumas aplicações concretas na família. Uma pesquisa foi feita com famílias nos Estados Unidos e perguntaram às pessoas “Quais são os dez atos mais desonrosos no lar?” Aqui estão os resultados:

1. Ignorar ou não considerar as opiniões, os conselhos ou as crenças de outras pessoas.

2. Envolver-se na televisão ou no jornal enquanto outra pessoa tenta se comunicar conosco.

3. Fazer piadas sobre as fraquezas ou falhas de uma outra pessoa.

4. Fazer ataques verbais regulares contra um amado: criticar severamente, julgar, dar broncas sem carinho.

5. Não dar a devida importância à família do cônjuge ou a outros parentes no seu planejamento e comunicação.

6. Ignorar ou simplesmente não expressar gratidão por atos bons feitos para nós.

7. Praticar hábitos de mal gosto em frente da família – mesmo quando pedem que paramos.

8. Comprometer-nos exageradamente com outros projetos ou pessoas de maneira que tudo fora do lar pareça ser mais importante do que aquilo dentro do lar.

9. Lutas pelo poder que deixam uma pessoa se sentindo que é uma criança ou que está sendo severamente dominada.

10. Falta de vontade de admitirmos que estamos errado ou de pedir perdão.

A maioria de nós já observou até certo ponto esse tipo de comportamento seja nos nossos lares ou nos dos outros. Às vezes são os filhos desonrando os pais, e outras vezes são os pais desonrando os próprios filhos.

As conseqüências de negligenciar esse princípio

Cada decisão que tomamos ignorando o plano de Deus traz conseqüências. No caso de uma família onde não há honra, casamentos são arruinados e filhos se rebelam. Paulo avisou aos pais para “não provoqueis vossos filhos à ira” (Efésios 6:4) e “não irriteis os vossos filhos” (Colossenses 3:21). Certamente isso acontece quando os pais rebaixam seus filhos, ignoram-os, criticam-os severamente, dão broncas sem carinho, comprometem-se exageradamente a outras coisas, ou quando um pai comete um erro e se recusa a pedir o perdão dos seus filhos. Raiva, irritação e rebelião resultam porque o que nós dizemos ou a maneira que tratamos uma criança mostra-lhe que é de pouco valor para nós. Também não é incomum ver um cônjuge deixar um casamento porque é maltratado.

Por que tratamos as pessoas que “amamos tanto” com tão pouco respeito? Às vezes é o que aprendemos dos nossos pais. Às vezes é relacionado a ego. Uma pessoa que tem pouco respeito para ela mesma às vezes tentará se sentir maior humilhando outra pessoa. Seja qual for o motivo, os danos são incalculáveis.

Como podemos restaurar a honra nos nossos lares?

1. Decidir honrar ou valorizar mais as outras pessoas. Enfatizamos a palavra decidir porque honra não é um sentimento, é uma decisão. Deus não ordena sentimentos, mas nos ordena a pensarmos e agirmos de certa formas. Deus disse, “tratai todos com honra” (1 Pedro 2:17), “preferindo-vos em honra uns aos outros” (Romanos 12:10), “considerando cada um os outros superiores a si mesmo” (Filipenses 2:3), e “os que nos parecem menos dignos no corpo, a estes damos muito maior honra” (1 Coríntios 12:23). Primeiro temos de decidir que as pessoas são valiosas e principalmente aquelas que Deus pôs sobre nossos cuidados.

Alguém teve uma idéia brilhante. Decidiram chamar móveis velhos de “antigüidades”. Agora pessoas compram esse móveis velhos por preços absurdos. Até pagam quantidades razoáveis para restaurar os móveis antigos para fazê-los parecerem novos. O que aconteceu para aqueles móveis antigos se tornarem antigüidades? Seu valor aumentou. Por que? Porque decidimos que eles são mais valiosos para nós do que antes. Se podemos fazer isso com móveis, podemos fazer com pessoas.

2. Agir de acordo com nossa decisão. Enfatizamos a palavra agir porque honra envolve fazer, mostrar e expressar. O apóstolo Paulo disse para os maridos serem o cabeça, amarem suas esposas, sacrificarem-se por elas, alimentarem e cuidarem delas (Efésios 5:22-31). Às esposas foi dito para serem submissas, temerem e respeitarem seus maridos (Efésios 5:22-33). É dito aos filhos que devem obedecer seus pais (Efésios 6:1). Há muitas outras coisas que podemos fazer para mostrar que valorizamos as pessoas da nossa família. Como seria se quando o marido voltasse do trabalho, sua família o encontrasse na porta, os filhos demonstrassem alegria com a sua chegada e a esposa se arrumasse para mostrá-lo que ele é valioso para ela? E como seria se quando a esposa chegasse do mercado encontrassem-na na porta com um tapete vermelho, encorajassem a a sentar e descansar enquanto os filhos guardassem as compras e o marido preparasse um jantar especial para ela? Como seria se, quando os filhos chegassem da escola, os pais parassem o que tivessem fazendo, preparassem um lanche e ouvissem enquanto os filhos lhes dissessem como foi seu dia?

A atitude de honra e as ações que acompanham criarão um ambiente saudável e aconchegante onde a família possa crescer.

E se as pessoas não merecem honra?

É verdade que algumas pessoas possam não merecer honra devido a sua conduta. Talvez um cônjuge agiu com ódio ou sem amor, ou um filho foi rebelde. Mas é interessante o que Pedro disse: “tratai todos com honra” (1 Pedro 2:17). Ele continuou a dar exemplos de quem devemos respeitar. Ele disse “Servos, sede submissos, com todo o temor ao vosso senhor...também ao perverso” (1 Pedro 2:18). Ele disse “Mulheres, sede vós, igualmente, submissas a vosso próprio marido, para que, se ele ainda não obedece à palavra, seja ganho, sem palavra alguma, por meio do procedimento de sua esposa,” (1 Pedro 3:1). Parece que Pedro estava indicando que nossa obrigação a mostrar honra aos outros não depende da maneira que eles nos tratam.. Paulo disse a Timóteo “Não repreendas ao homem idoso” quando ele precisasse de correção (1 Timóteo 5:1), e para “Todos os servos que estão debaixo de jugo considerem dignos de toda honra o próprio senhor, para que o nome de Deus e a doutrina não sejam blasfemados” (1 Timóteo 6:1). As pessoas talvez não mereçam honra, mas nossa preocupação com Deus e sua glória nos levará a tratar até as pessoas desonrosas com respeito.

Vale a pena observar que o próprio Deus nos deu valor quando não merecíamos nada. “Mas Deus prova o seu próprio amor para conosco pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores.” (Romanos 5:8). Isso torna todos os homens iguais. Somos todos pecadores. Nenhum de nós merece honra pela virtude de obediência perfeita ao Senhor. O apóstolo João disse, “Nisto consiste o amor: não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que ele nos amou e enviou o seu Filho como propiciação pelos nossos pecados. Amados, se Deus de tal maneira nos amou, devemos nós também amar uns aos outros” (1 João 4:10-11). Apenas quando nos vemos como receptores do favor não merecido de Deus, podemos decidir a amar e honrar as pessoas da nossa família mesmo que elas não “mereçam” nosso amor.

Conclusão

No Velho Testamento, muitas vezes, Deus nos deixou olhar pela janela de várias famílias – Adão e Eva, Noé, Abraão, Isaque, Jacó, Davi. Suas janelas freqüentemente eram deixadas abertas para que pudêssemos ver como elas foram abençoadas quando obedeciam a Deus e como tiveram dificuldades quando desobedeciam. Freqüentemente sofreram porque não estavam olhando para as coisas uns dos outros, mas apenas para as próprias. Às vezes, pelo fato de não honrarem uns aos outros, havia amargura, ciúmes e até assassinato.

O que uma pessoa veria se olhasse pela sua janela? Mais importante ainda é: o que Deus vê quando observa os pais e filhos no seu lar? Ele vê amor, respeito, consideração, valorização e honra? Se não, você deve considerar o primeiro princípio mencionado neste artigo – o plano de Deus é sempre melhor. Se queremos famílias fortes, saudáveis e felizes, teremos de reconhecer que o plano de Deus é o melhor, implantar esse plano nas nossas próprias vidas e depois dividir esse plano com os outros na nossa família.

Mike Bozeman

quinta-feira, 19 de março de 2009

O destruidor de lares

Embora raramente identificado, o pecado do egoísmo é o culpado responsável por quase todos os problemas, tristezas, miséria e divisões que ocorrem no lar. Uma das marcas dos “tempos difíceis” sobre a qual Paulo profetizou era que os homens seriam egoístas (2 Timóteo 3:1-2). E, como é triste quando os maridos e as esposas subordinarão as necessidades da família às preferências pessoais, pensando nos termos do egoísmo: O que eu quero, o que eu gosto, meus direitos, meus interesses, e minha felicidade. Pensar de tal modo é praticamente a garantia de tempos difíceis no lar. Mas poucas pessoas vêem o egoísmo como um problema pessoal.

Como H.W. Beecher disse, “O egoísmo é aquele vício detestável que ninguém perdoará nos outros, e ninguém está sem ele dentro de si." É nossa inclinação a nos vermos como as vítimas do egoísmo em vez de culpados. Como uma esposa infeliz sobre a qual li recentemente foi ouvida dizendo, "Meu marido não mostra nenhum interesse no que eu faço. Tudo que importa a ele é o que ele faz naquele lugar - seja lá onde é - que ele trabalha!" Tal atitude pode descrever-nos mais do que nós queremos admitir. Como o povo de Deus, nós não somos ignorantes a respeito dos dispositivos de Satanás (2 Coríntios 2:11), de como o pecado é enganoso, nem de seu poder cegante. Por isso, por mais remoto e improvável que possa parecer, nós devemos ver a possibilidade de egoísmo nas nossas próprias vidas! Como o filho pródigo, cada um de nós deve cair em si para superar a si mesmo (Lucas 15:17). Como Paulo disse, "Examinai-vos a vós mesmos..." (2 Coríntios 13:5), teste seus motivos com honestidade absoluta pois ninguém pode lidar com um problema que não admita que tenha.

Negar a si mesmo é uma das primeiras lições a ser aprendida pelo seguidor de Cristo (Mateus 16:24). Nada é mais fundamental para a obediência e justiça. Sem isso, nenhum homem pode verdadeiramente amar sua esposa como Cristo amou a igreja (Efésios 5:25). Como o amor de Cristo sacrificou a si mesmo para a igreja, assim deve ser o amor do marido para sua esposa. É um amor que dá sem egoísmo. Sem isso, as esposas não podem ser submissas a seus maridos, assim com ao Senhor (versículo 22). O mesmo espírito que leva à submissão ao Senhor deve levar à submissão entre o marido e a esposa. Ser o que o Senhor quer que eu seja significa ser o que devo ser com meu cônjuge. O egoísmo, então, é um pecado contra o homem e Deus – e, muitas vezes, contra os filhos.

Conseqüentemente, criar os filhos na disciplina e admoestação do Senhor (Efésios 6:4) envolve negar a si. Por exemplo, criar os filhos para o céu leva tempo. O egoísmo rouba esse tempo precioso de muitos filhos – sob um pseudônimo, para ter certeza. Ocupado demais, cansado demais, para falar e responder perguntas, para ler a Bíblia, para orar com eles, para levá-los aos cultos. Mas, talvez o que seja pior são aqueles filhos que sofrem porque os pais egoístas dividem o lar em vez de negar a si. É quase impensável que alguns negociariam uma família boa pelo prazer próprio; por uma garrafa, por um amante, pelos "bons tempos". No entanto, continua a acontecer, até em alguns que alegam ser cristãos. Dessas formas, e de outras até ainda mais sutil, o egoísmo é um grande destruidor de lares. Que Deus possa nos ajudar a removê-lo das nossas vidas.

Dan S. Shipley

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