COREIA DO NORTE - Após a confirmação da prisão do missionário americano-coreano que entrou ilegalmente na Coreia do Norte para pregar o arrependimento , um enviado especial dos EUA vai até o país para discutir questões de direitos humanos.
O enviado especial dos Estados Unidos para os Direitos Humanos na Coreia do Norte, Robert King, condenou nesta segunda-feira (11) os abusos contra os direitos humanos do país comunista e assegurou que estes assuntos devem ser tratados no diálogo sobre energia nuclear, informou a agência sul-coreana "Yonhap".
"A Coreia do Norte é um dos piores lugares do mundo quanto à falta de respeito aos direitos humanos", ressaltou King, que qualificou de "atroz" a situação no país comunista depois de se reunir com o ministro de Exteriores sul-coreano, Yu Myung-hwan, em Seul.
O emissário de Washington chegou no domingo à Coreia do Sul para uma visita de cinco dias nos quais se reunirá com o ministro da Unificação, Hyun In-taek, e o máximo negociador sul-coreano em diálogo sobre energia nuclear, Wi Sung-lak, assim como com refugiados norte-coreanos.
King assinalou que as relações entre Washington e Pyongyang estão condicionadas à melhora dos direitos humanos na Coreia do Norte e opinou que o assunto deve ser tratado no marco das conversas de seis lados com a Coreia do Norte, nas quais também participam Coreia do Sul, Japão, China, Rússia e EUA.
O enviado americano ressaltou a necessidade de que as pessoas que fogem do regime de Kim Jong-il sejam reconhecidas como refugiados políticos sob o convênio das Nações Unidas e indicou que os EUA oferecerão mais oportunidades a refugiados norte-coreanos.
Trata-se da primeira viagem de King para fora dos EUA desde sua nomeação para o cargo em novembro do ano passado com a intenção de estreitar a cooperação entre Seul e Washington para melhorar os direitos humanos na Coreia do Norte.