PAQUISTÃO - Dois cristãos paquistaneses que foram baleados em um casamento no dia 26 de dezembro por se recusarem a se converter ao islamismo, ainda estão na UTI, mas os médicos estão esperançosos de que eles se recuperem.
Sussurrando, Imran Masih, 21, e Khushi Masih, 24, disseram para o Compass que dois muçulmanos armados atiraram neles depois que desobedeceram a ordens de recitar o credo islâmico, que simboliza a conversão.
Logo depois que eles chegaram ao casamento, um grupo de jovens muçulmanos armados com rifles os cercou e começaram a atirar no ar, como é comum em casamentos no vilarejo. O casal não ficou assustado, porque pensaram que os homens estavam celebrando.
“Um dos muçulmanos, vestido com um turbante verde, nos disse de forma categórica para recitar a sagrada Kalima (profissão de fé muçulmana) ou receberíamos tiros e enfrentaríamos as consequências”, conta Khushi Masih.
Ambos os cristãos disseram que eles se recusaram, e começaram a recitar o Salmo 91.
“Nossa decisão os deixou muito nervosos. E ao invés de atiraram ao ar, eles atiraram em nós, e foram embora somente após ter certeza de que estávamos mortos. Louvado seja o nome do Senhor Jesus Cristo, que nos ressuscitou dos mortos!”
Os pais dos dois cristãos os encontraram desmaiados em uma poça de sangue e os levaram para o hospital Tehsil. Imran Masih tinha duas costelas quebradas, e uma bala passou a 2 mm do coração. Khushi Masih foi ferida no peito e perna direita. As balas da AK-47 (arma usada pelos criminosos) causam menos danos se ultrapassarem o corpo do que se ficarem alojadas, pois começam a se desfragmentar.
“Eles estão se recuperando rápido, e os ferimentos estão sarando, mas ainda estão em observação e continuam na UTI”, disse o pai de Imran. Ele acrescenta que os médicos estão preocupados, mas acreditam que eles irão se recuperar.
A polícia registrou uma ocorrência contra os suspeitos, cujos nomes não foram divulgados, mas ninguém foi preso.
Os suspeitos fundamentam sua defesa com o argumento de que atiraram nos cristãos acidentalmente.
Com uma mistura de tristeza e orgulho, os pais dos jovens dizem que seus filhos permaneceram firmes em Cristo, derramando sangue para não negar a Cristo.