BANGLADESH - Meu nome é Kanok Sarkar (32). Meu sofrimento começou no dia em que meu pai soube que minha mãe estava grávida de mim.
Eu nasci numa família rica em Hetalbinia, Khulna. Meu pai era dono de propriedades, enquanto minha mãe tomou para si a responsabilidade de dedicar todo o seu tempo e energia em casa. Meus pais desfrutavam de uma boa posição na sociedade, e eles eram um casal feliz. Isso era antes de eu entrar em suas vidas.
Meu pai queria que minha mãe abortasse, mas ela se negou a fazer isso e decidiu fugir. Ela fugiu para a casa de seus pais, onde eu vi a luz do dia. Eu nunca vi meu pai, nem mesmo a sua sombra. Mas, o amor da minha mãe por mim era mais que o suficiente.
Jesus na minha família
Tempos depois, quando eu já era casado e pai, um grupo da Igreja Evangélica Amigos veio ao nosso vilarejo. Eu abri a nossa casa para eles, e eles falaram sobre a salvação de Deus. Essa ideia era uma novidade pra mim. Durante aquele tempo, minha esposa, Manisha, e eu, sempre orávamos, clamávamos, e confessávamos os nossos pecados para muitos deuses (hindus). Apesar de tudo aquilo, nós nunca tivemos paz. E acabamos frustrados e desesperados.
As visitas se tornaram cada vez mais freqüentes. Algumas vezes, eles cantavam e oravam a Deus. Eles compartilharam conosco o ilimitado amor de Deus. Nós não conseguíamos entender, até o dia em que alguns missionários vieram do Nepal, para a nossa alegria. Após cantar lindos louvores, eles falaram sobre Jesus Cristo, que foi o único capaz de carregar os nossos pecados sendo Ele inocente. Na cruz, Ele renunciou a sua vida por nós.
Esta era uma história nova para mim, e eu me alegrei em ouvir isso. Eles também disseram que Jesus desejava entrar em nossos corações se nós O aceitássemos, crendo e recebendo a Ele como nosso Salvador. “Vocês estão dispostos a recebê-lo hoje em seus corações?”.
Eu vi a minha mãe sendo a primeira a levantar a mão e ir à frente para orar. Minha esposa e eu fomos em seguida e recebemos o presente da salvação (em 10 de março de 2008). Estendendo suas mãos sobre nossas cabeças, os missionários oraram por nós. Esta foi a experiência mais incrível pra mim.
Naquele dia, Jesus se tornou parte da nossa família. Nossos irmãos e irmãs em Cristo vinham regularmente e traziam lições sobre o batismo. Sem desfalecer, Manisha e eu recebemos o batismo nas águas num lago próximo (em 15 de abril de 2008). Então desistimos dos ídolos.
O preço de ser diferente
Nossa comunidade não aceitou a nossa conversão. A pressão dos aldeões começou logo após o nosso batismo. Os vizinhos pararam de falar conosco, parecia que nós morávamos sozinhos numa pequena ilha.
Apesar de tudo, nós continuamos firmes em nossa nova fé. Eu fui ao escritório do meu pastor e comprei uma Bíblia bem grande. Minha mãe, faminta por conhecer mais de Deus, leu todo o Novo Testamento, enquanto nós servíamos nossos clientes em nossa barraca de chá. Então, ela começou a compartilhar a Palavra de Deus com nossos clientes.
Eu comecei a levar outros livros. Os livros The Honey Person Jesus (A doce pessoa de Jesus*) e Correct Way (Caminho Certo*) eram bem populares e nós demos alguns aos nossos clientes na nossa barraca de chá, que eu tinha aberto há algum tempo com a permissão dos meus tios. Quando eles souberam da nossa conversão ao cristianismo, a atitude deles em relação a nós mudou.
Uma vez, nós precisamos de um dinheiro para criar uma extensão da nossa barraca de chá para podermos acomodar mais clientes. Nossa igreja com bondade nos ajudou com seu empenho. Mas, meu tio, após ouvir isso, correu para nossa casa. “Porque vocês estão fazendo isso sem a minha permissão?”, ele replicou.
Embora eu tenha admitido que errei neste aspecto, meu tio exigiu que tirássemos a nossa barraca de chá naquele mesmo dia. Procuramos a ajuda do meu pastor, ele nos aconselhou a orarmos e sermos pacientes. Após alguns dias, ele e sua esposa encontraram meu tio e pediram – em nosso favor – que permitisse a barraca de chá em sua terra. Contudo, meu tio insistiu que deveríamos nos mudar imediatamente. Minha família e eu não tínhamos escolha, a não ser remover a nossa barraca de chá – nossa única fonte de renda.
Minha verdadeira família
Eu tentei trabalhar no campo, mas ninguém no vilarejo quis me contratar, porque eu era um cristão. Eu tentei alugar um espaço e começar um pequeno negócio, mas não obtive sucesso.
Era uma frustração após a outra se acumulando. Minha avó descobriu que estava com câncer no fígado e eu fui forçado a pegar um empréstimo a fim de tratá-la na Índia. Pouco tempo depois, ela partiu (em 2008). Eu fui deixado sem emprego, com uma enorme dívida para pagar, com uma família de luto e de estômago vazio. Minha confiança estava quase se desgastando.
Com muita vergonha no coração, eu compartilhei minha situação com meu pastor. No dia seguinte, a igreja me enviou arroz, batata, sal, óleo e cebola. Foi algo inesperado. Eu serei eternamente grato a Deus e a Sua igreja.
A Portas Abertas também me ajudou a ter uma pequena loja de conveniências. Agora está indo muito bem, e recebemos clientes até as 22h. Deus mudou a minha vida totalmente. Eu sou grato à Portas Abertas pela ajuda que me deram.
Minha fé em Cristo está fortalecida agora, e Ele restaurou a minha confiança como um pai, e sustentou minha família. Mesmo em tempos de abundância, eu oro a Ele, compartilho os meus pensamentos e desejos, e realizo a sua vontade.
Para me lembrar sempre do que Jesus fez por mim, eu fiz uma cruz de bambu e a pendurei em frente a minha casa. Essa cruz irá me lembrar sempre que eu não sou mais dono da minha vida, e se eu tiver que sofrer por Jesus, eu farei isso. Eu desejo aprender mais da Bíblia e pregar as Boas Novas. E quero ser um soldado fiel de Cristo. Orem por mim.
Eu nasci numa família rica em Hetalbinia, Khulna. Meu pai era dono de propriedades, enquanto minha mãe tomou para si a responsabilidade de dedicar todo o seu tempo e energia em casa. Meus pais desfrutavam de uma boa posição na sociedade, e eles eram um casal feliz. Isso era antes de eu entrar em suas vidas.
Meu pai queria que minha mãe abortasse, mas ela se negou a fazer isso e decidiu fugir. Ela fugiu para a casa de seus pais, onde eu vi a luz do dia. Eu nunca vi meu pai, nem mesmo a sua sombra. Mas, o amor da minha mãe por mim era mais que o suficiente.
Jesus na minha família
Tempos depois, quando eu já era casado e pai, um grupo da Igreja Evangélica Amigos veio ao nosso vilarejo. Eu abri a nossa casa para eles, e eles falaram sobre a salvação de Deus. Essa ideia era uma novidade pra mim. Durante aquele tempo, minha esposa, Manisha, e eu, sempre orávamos, clamávamos, e confessávamos os nossos pecados para muitos deuses (hindus). Apesar de tudo aquilo, nós nunca tivemos paz. E acabamos frustrados e desesperados.
As visitas se tornaram cada vez mais freqüentes. Algumas vezes, eles cantavam e oravam a Deus. Eles compartilharam conosco o ilimitado amor de Deus. Nós não conseguíamos entender, até o dia em que alguns missionários vieram do Nepal, para a nossa alegria. Após cantar lindos louvores, eles falaram sobre Jesus Cristo, que foi o único capaz de carregar os nossos pecados sendo Ele inocente. Na cruz, Ele renunciou a sua vida por nós.
Esta era uma história nova para mim, e eu me alegrei em ouvir isso. Eles também disseram que Jesus desejava entrar em nossos corações se nós O aceitássemos, crendo e recebendo a Ele como nosso Salvador. “Vocês estão dispostos a recebê-lo hoje em seus corações?”.
Eu vi a minha mãe sendo a primeira a levantar a mão e ir à frente para orar. Minha esposa e eu fomos em seguida e recebemos o presente da salvação (em 10 de março de 2008). Estendendo suas mãos sobre nossas cabeças, os missionários oraram por nós. Esta foi a experiência mais incrível pra mim.
Naquele dia, Jesus se tornou parte da nossa família. Nossos irmãos e irmãs em Cristo vinham regularmente e traziam lições sobre o batismo. Sem desfalecer, Manisha e eu recebemos o batismo nas águas num lago próximo (em 15 de abril de 2008). Então desistimos dos ídolos.
O preço de ser diferente
Nossa comunidade não aceitou a nossa conversão. A pressão dos aldeões começou logo após o nosso batismo. Os vizinhos pararam de falar conosco, parecia que nós morávamos sozinhos numa pequena ilha.
Apesar de tudo, nós continuamos firmes em nossa nova fé. Eu fui ao escritório do meu pastor e comprei uma Bíblia bem grande. Minha mãe, faminta por conhecer mais de Deus, leu todo o Novo Testamento, enquanto nós servíamos nossos clientes em nossa barraca de chá. Então, ela começou a compartilhar a Palavra de Deus com nossos clientes.
Eu comecei a levar outros livros. Os livros The Honey Person Jesus (A doce pessoa de Jesus*) e Correct Way (Caminho Certo*) eram bem populares e nós demos alguns aos nossos clientes na nossa barraca de chá, que eu tinha aberto há algum tempo com a permissão dos meus tios. Quando eles souberam da nossa conversão ao cristianismo, a atitude deles em relação a nós mudou.
Uma vez, nós precisamos de um dinheiro para criar uma extensão da nossa barraca de chá para podermos acomodar mais clientes. Nossa igreja com bondade nos ajudou com seu empenho. Mas, meu tio, após ouvir isso, correu para nossa casa. “Porque vocês estão fazendo isso sem a minha permissão?”, ele replicou.
Embora eu tenha admitido que errei neste aspecto, meu tio exigiu que tirássemos a nossa barraca de chá naquele mesmo dia. Procuramos a ajuda do meu pastor, ele nos aconselhou a orarmos e sermos pacientes. Após alguns dias, ele e sua esposa encontraram meu tio e pediram – em nosso favor – que permitisse a barraca de chá em sua terra. Contudo, meu tio insistiu que deveríamos nos mudar imediatamente. Minha família e eu não tínhamos escolha, a não ser remover a nossa barraca de chá – nossa única fonte de renda.
Minha verdadeira família
Eu tentei trabalhar no campo, mas ninguém no vilarejo quis me contratar, porque eu era um cristão. Eu tentei alugar um espaço e começar um pequeno negócio, mas não obtive sucesso.
Era uma frustração após a outra se acumulando. Minha avó descobriu que estava com câncer no fígado e eu fui forçado a pegar um empréstimo a fim de tratá-la na Índia. Pouco tempo depois, ela partiu (em 2008). Eu fui deixado sem emprego, com uma enorme dívida para pagar, com uma família de luto e de estômago vazio. Minha confiança estava quase se desgastando.
Com muita vergonha no coração, eu compartilhei minha situação com meu pastor. No dia seguinte, a igreja me enviou arroz, batata, sal, óleo e cebola. Foi algo inesperado. Eu serei eternamente grato a Deus e a Sua igreja.
A Portas Abertas também me ajudou a ter uma pequena loja de conveniências. Agora está indo muito bem, e recebemos clientes até as 22h. Deus mudou a minha vida totalmente. Eu sou grato à Portas Abertas pela ajuda que me deram.
Minha fé em Cristo está fortalecida agora, e Ele restaurou a minha confiança como um pai, e sustentou minha família. Mesmo em tempos de abundância, eu oro a Ele, compartilho os meus pensamentos e desejos, e realizo a sua vontade.
Para me lembrar sempre do que Jesus fez por mim, eu fiz uma cruz de bambu e a pendurei em frente a minha casa. Essa cruz irá me lembrar sempre que eu não sou mais dono da minha vida, e se eu tiver que sofrer por Jesus, eu farei isso. Eu desejo aprender mais da Bíblia e pregar as Boas Novas. E quero ser um soldado fiel de Cristo. Orem por mim.