INDONÉSIA - Desde novembro de 2008, cerca de 1.000 estudantes e a equipe da Escola Teológica de Arastamar (SETIA) foram evacuados por causa de um violento ataque feito por extremistas muçulmanos. Sem ter como voltar ao campus, eles permanecem em abrigos. O governo da cidade prometeu conseguir um novo local para a escola, mas isso ainda não cumpriu a promessa.
Os estudantes estão espalhados em três lugares de Jacarta. Pelo menos 450 deles vivem em tendas em um espaço para acampamentos em Cibubur, 250 vivem em um complexo estatal em Kalimalang e outros 500 em um espaço pertencente ao escritório da prefeitura de Jacarta.
Os estudantes enfrentam desafios diários: “A chuva quase fez desmoronar nossa tenda já frágil. À noite, nós nos sentimos como se nosso corpo fosse ‘um’ com o chão”, disse uma jovem estudante de Cibubur. Devido às fortes chuvas dos últimos meses, alguns estudantes ficaram com febre, gripe, tosses e dores na garganta. Nenhum dos abrigos não possui uma infraestrutura decente.
No espaço da prefeitura de Jacarta, às vezes, os estudantes esperam por horas para conseguir usar o banheiro, e é muito difícil conseguir água potável.
Embora privados de uma vida confortável, os líderes da SETIA, a equipe e os estudantes mantiveram o espírito e se fixaram na visão e na missão que Deus confiou a eles: alcançar a outros. Eles comemoram o Natal e a Páscoa. Um estudante disse: “Nos sentimos mais próximos do Gólgota nesta Páscoa. O ambiente simples nos comoveu. Era como se pudéssemos ouvir Jesus dizendo: ‘Venha e sofra comigo’”.
Apesar das incertezas, em dezembro de 2008, a SETIA ainda fez a cerimônia de formatura dos alunos, enviando centenas de estudantes para pregar o evangelho nas cidades distantes do país. As aulas são feitas ao ar livre, geralmente sob a sombra das árvores. No entanto, as aulas têm que ser interrompidas sempre que começa a chover. Nesse momento, os estudantes correm de volta para suas tendas para procurar abrigo.
Um dos professores declarou: “Nós nos sentimos como se estivéssemos no primeiro século, fazendo o que Jesus fazia, ensinando nos vales ou debaixo das árvores, em qualquer lugar. Abraão também viveu em tendas e, mesmo assim, se tornou um canal de Deus para abençoar muitas nações”.
Aris, um aluno da Ilha Nias, que está no terceiro ano, falou a respeito de suas esperanças: “Isso é um teste para nossa fé que irá nos preparar para os desafios futuros na vida e no ministério”.
A escola tem mantido sua rotina. O diretor da SETIA, o Rev. Matheus Mangentang, relatou que todos têm mantido a vida disciplinada que tinham: “Antes da evacuação, os estudantes acordavam cedo, frequentavam os cultos, oravam, jejuavam, faziam tarefas do dia-a-dia, enfim, estavam preparados para enfrentar dificuldades. A disciplina é o fruto do verdadeiro discípulo. Não queremos perder isto, mesmo que tenhamos que continuar a viver em abrigos ou tendas”.
A população local proibiu a SETIA de voltar às antigas instalações. Os líderes da escola estão procurando um novo local. Em 2008, a Portas Abertas distribuiu alimentos e bebidas para mais de 1.100 alunos e equipe, levou uma pequena mensagem de encorajamento para eles e os ajudou a equipar uma cozinha (necessidade urgente deles à época).