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terça-feira, 28 de abril de 2009

As qualidades essenciais do verdadeiro discipulado

Na parábola do semeador (Lucas 8:4-15), Jesus disse que pessoas diferentes responderiam ao evangelho de modos diferentes. Muitos inicialmente ouviriam e obedeceriam à verdade, mas nem todos estes guardariam a fé com persistência. Alguns se tornariam infiéis e se afastariam. Aqueles que “não tiverem raiz,” por exemplo, podem acreditar “durante algum tempo,” mas no tempo da tentação se afastariam (v. 13). Ainda outros são “afogados com cuidados, riquezas e prazeres da vida.” Jesus disse que estes não “darão fruto de maturidade” (v. 14).

A verdade do assunto é que é preciso certo tipo de caráter para buscar a Deus fielmente, e nem todos escolherão ter este tipo de caráter. O chamado do evangelho separa aqueles que têm uma “raiz” em si mesmos daqueles que não a têm. Saber isto deverá estimular algum pensamento sério a respeito de nós mesmos. Temos pessoalmente o que é preciso? Estamos querendo ser iguais àqueles que têm o caráter forte interior que o evangelho requer? Buscar a Deus requer “Três C’s”: coragem, compromisso e confissão. Se não estamos querendo pagar o preço em qualquer destas áreas, então o cristianismo não é para nós.

Coragem. No mínimo, é preciso coragem para seguir o Senhor. Em Apocalipse 21:8, os tímidos ou covardes encabeçam a lista daqueles que serão perdidos. Coragem é força em face do perigo, e podemos estar certos de que o diabo vai tornar nosso discipulado a Cristo tão perigoso quanto ele puder. Mas a qualquer perda com que o diabo possa nos ameaçar, podemos ter a coragem que vem da fé, que é vontade de enfrentar riscos reais baseados na nossa confiança que Deus nos salvará. A pessoa cujo objetivo principal é proteger a si mesmo e não se arriscar nunca será um fiel seguidor do Senhor. Os riscos são reais, as perdas neste mundo podem ser grandes, e são somente as pessoas corajosas de fé que lutarão e continuarão lutando até que a última batalha seja ganha.

Compromisso. Se não tomarmos um genuíno compromisso com Deus não resistiremos muito tempo em face do que o diabo pode atirar em nós. A fé necessária para nossa salvação em Deus envolve muito mais do que um rompante de veneta passageira. Nem pensamento positivo nem simplesmente “fazer uma experiência” serão suficientes. Se propusermos seguir a Cristo, teremos que ter o caráter que é capaz de fazer uma promessa de boa fé de fazer realmente o que decidimos fazer. Tiago nos urge a “purificar” nossos corações de indecisão: “Chegai-vos a Deus, e ele se chegará a vós outros. Purificai as mãos, pecadores; e vós que sois de ânimo dobre, limpai o coração” (Tiago 4:8). Não há maior necessidade em nossos dias do que é, para aqueles que professam ser discípulos do Senhor, decidir e focalizar seus corações em Deus com um compromisso profundo.

Confissão. Compromissos secretos não se sustentam tanto como os públicos, e não deverá nos surpreender que o Senhor exija que coloquemo-nos publicamente no registro como tendo tanto crido nele como nos comprometido a ser seus discípulos (Romanos 10:9; 1 Timóteo 6:12, 13). Como o próprio Jesus, a testemunha verdadeira e fiel (Apocalipse 3:14), que nunca deixou de reconhecer publicamente o que ele sabia ser verdadeiro particularmente, precisamos querer morrer antes que encobrir ou esconder nossas convicções e nosso compromisso com Cristo. Tão importante é nossa confissão que o escritor de Hebreus fala dela como a própria coisa que precisa ser conservada firmemente se quisermos chegar ao céu, ele escreveu: “... conservemos firme a nossa confissão” (Hebreus 4:14) e “Guardemos firme a confissão da esperança, sem vacilar, pois quem fez a promessa é fiel” (Hebreus 10:23).

Então, ser um discípulo fiel de Cristo exige coragem, compromisso e confissão. Porém não nos enganemos: o fato que podemos “não ter o que é preciso” não significa que nascemos de um modo ou outro com a predestinação de Deus. Muito ao contrário, caráter é questão de escolha, e a escolha é só nossa. Nosso “coração” é determinado pelas muitas decisões de livre vontade que tomamos a cada dia. Algumas destas são grandes, outras são pequenas. Mas, juntas, elas todas acrescentam ao total o que é chamado nosso “caráter”.

Porque nossas escolhas fazem nosso caráter, podemos mudar de um “coração” para outro. De fato, isto é precisamente o que é envolvido com ser “convertido” a Cristo. Tal conversão não é opcional. Jesus disse que temos que mudar: “Em verdade vos digo que, se não vos converterdes e não vos tornardes como crianças, de modo algum entrareis no reino dos céus” (Mateus 18:3). Seja o que tivermos sido no passado, hoje temos coragem? Estamos querendo ter compromisso genuíno com Deus? Serão nossas vidas caracterizadas por uma confissão fiel de nosso compromisso enquanto vivermos? Se assim for, temos as qualidades essenciais do verdadeiro discipulado!

Gary Henry

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