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segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Ataques no norte da Nigéria atingem igrejas

NIGÉRIA - Fontes estimam que cerca de dez policiais e aproximadamente 250 membros de um grupo radical chamado Boko Haram morreram em confrontos nos Estados de Bauchi, Borno, Yobe e Kano, norte da Nigéria. As fontes oficiais estimam 50 mortes, mas os moradores afirmam que esse número é maior.

A Portas Abertas foi informada de que seis igrejas foram destruídas nesses quatro Estados.

O confronto começou na manhã do dia 25 de julho, em Bauchi. Membros do grupo radical foram a uma delegacia de polícia na área de Dutsen Tanshi, supostamente armados com pistolas, granadas e facões. Eles incendiaram a delegacia. Os policiais conseguiram fugir e também acionaram o quartel-general da polícia estadual, pedindo reforços.

Quando o reforço chegou, sucedeu-se uma batalha entre as duas forças, na qual 150 membros do Boko Haram foram mortos. Outros 200 foram presos na ocasião, mas as prisões continuam. O governo impôs um toque de recolher na área.

Ataques similares iniciaram-se no mesmo momento nas cidades de Postiskum, Estado de Yobe; Maiduguri, em Borno; e Wudil, em Kano.

Em Potiskum, dois membros do Boko Haram morreram, e uma igreja batista foi demolida. Em Maiduguri, cerca de cem radicais morreram e cinco igrejas foram queimadas. Na cidade de Wudil, os agressores furtaram rifles AK47 da polícia, e feriram dois oficiais de plantão.

Medo entre os cristãos

O ocorrido deixou os cristãos do norte da Nigéria em estado de alerta. O secretário de Kaduna da Associação Cristãos da Nigéria, pastor John Hayab, pediu ao governo para proteger os cristãos que, para ele, podem ser o próximo alvo.

Em Bauchi, os cristãos foram se refugiar no quartel da polícia. Alguns foram feridos com facão enquanto fugiam do confronto. Embora o clima ainda esteja tenso em Bauchi, alguns cristãos já voltaram para suas casas, confiantes de que a polícia tem a situação sob controle. Mas o líder deles pediu para que estivessem alerta.

Um cristão de Yobe disse: “O confronto continuou pela noite, e não conseguimos dormir. Eles queimaram uma igreja [a igreja batista]. Corremos risco de morte. Aquele grupo afirmou que não estava lutando contra os cristãos, mas não estamos seguros no fim das contas”.

Uma reportagem da BBC informou que, na terça-feira, a população ainda buscava refúgio no quartel, na cidade de Maiduguri.

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