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terça-feira, 15 de junho de 2010

Carta Aos Gálatas

Adolf Pohl -  Carta Aos Gálatas Quem reside numa área rural e sai de casa à noite, no primeiro momento enxerga como num armário escuro. Somente aos poucos o olho se acostuma à escuridão, até que o jardim, as árvores, a rua, o céu e a terra se destacam com contornos nítidos.

É assim que pode acontecer quando abordamos a carta aos Gálatas. No começo não conseguimos captar muito bem o que é que causa tanta celeuma.

Parece que Paulo está lutando veementemente com o ar, ou seja, com uma pergunta que não significa nada para a vida da igreja de hoje: Acaso homens cristãos têm de se fazer circuncidar?

No entanto, quem vai aprofundando sua convivência com esse escrito, percebe de modo crescente como nele se destaca uma verdade límpida. É a “verdade do evangelho”. Ela é exposta com uma coerência interna que interfere inevitavelmente também na miséria de nossas alienações e sincretismos.

Como naquele tempo, existem também hoje os “gálatas insensatos”. São cristãos nos quais Deus infundiu por meio de seu Espírito a exclamação, o grito de liberdade: “Senhor é Jesus!” Contudo, quando depois disso avultaram diante deles novamente elementos da era antiga, esses libertos de Deus esticaram seus pescoços e permitiram que lhes fosse imposto novamente o jugo.

O nome desses elementos é legião, pois são numerosos. É uma porção de coisas e sistemas, normas e formas que morreram com a crucificação de Jesus, porém foram agora transformados em ponto de aferição do evangelho.

As pessoas lhes servem de olhos radiantes, e querem que o Senhor Jesus ainda as ajude nisso. Contudo, quem transforma dessa maneira o Senhor dos senhores no segundo em importância, derruba-o do trono.

O desejo por trás deste comentário é que por meio desta parcela da Bíblia possamos vir a amar a Bíblia inteira e sua mensagem, e que possa raiar para nós a justiça de Cristo, a liberdade de Deus e a verdade do Espírito Santo.

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