ÍNDIA - Um dos principais suspeitos nos ataques anticristãos em Orissa no ano de 2008 foi condenado a sete anos de prisão por assassinato.
Uma rápida audiência no dia 29 de junho condenou o legislador do Bharatiya Janata Party, Manoj Pradhan, a sete anos de “prisão rigorosa” pelo assassinato de Parikhita Nayak, um cristão dalit. Nayak estava entre as mais de 100 pessoas que foram mortas após o assassinato de um líder hindu.
Desde os ataques em agosto de 2008, que deixou mais de 50.000 pessoas desabrigadas e centenas de igrejas destruídas, apenas algumas pessoas foram condenadas, e muitas inocentadas. O governo do Estado de Orissa realizou sua primeira condenação quase um ano depois da violência.
Os cristãos demonstraram preocupação e frustração com a falta de ação do governo, e acusou os oficiais de negligenciarem os cristãos e os dalits.
A condenação foi bem recebida pela organização Christian Solidarity Worldwide, que se referiu ao acontecimento como “um passo significante para a justiça em Orissa”.
Apesar de Pradhan ter sido acusado de assassinato, ele foi condenado por ataque fatal e incêndio criminoso. Ele foi sentenciado sob a Seção 326 (ferir gravemente uma pessoa, causando sua morte), e Seção 148 (reunião ilegal), e terá que pagar uma multa de 5.000 rúpias (cerca de US$107). Seu cúmplice, Prafulla Mallick, também foi acusado e condenado sob as mesmas penas.
O legislador de 30 anos possuía mais de 14 processos contra ele, a maioria com acusações de assassinato. Sua absolvição em sete casos devido à falta de provas foi um choque para a comunidade cristã, que expressou seu grande desapontamento com o sistema judiciário.
O arcebispo de Bhubaneswar-Cuttack, Raphael Cheenath, celebrou a decisão do tribunal contra Pradhan. “Esperamos muito tempo por esse julgamento. Isso nos permitirá confiar novamente na justiça”.
Mais de 800 processos criminais foram registrados durante a violência de 2008.